O uso de inkjet como CTS.

Sempre que “espiei” as novas tecnologias, procurei relacionar as inovações com a máxima de R. Buckminister Fuller que diz “a real engenharia é conseguir fazer mais com menos, mais barato e melhor”. Bem, infelizmente, esta não tem sido a regra para as inovações das artes gráficas.

História (mais ou menos) recente da pré-impressão “filmless”

1- Quando surgiram “filmes rápido acesso”, o objetivo era automatizar a produção de filmes, (processless?), viabilizando reveladoras mecanizadas, mas ao custo da densidade dos fotolitos. Durante um bom período se conviveu com mais produtividade, mas com qualidade pior.

2- Quando vieram as Klishographs o objetivo era produzir cilindros rotográficos sem processamento químico. Mas as suaves nuances das excelentes reproduções fotográficas que se obtinham de um cilindro gravado no processo fotoquímico foram literalmente para o espaço. Muitos anos depois, e o formato das células ainda não permite altas luzes bem limpas na roto.

3- Seguindo a tendência, vieram imagesetters com reveladoras integradas e toda uma tecnologia digital (antes empregada nos scanners) disseminadas em estações de trabalho de custo menor. Palmas para o Steve Jobs neste quesito – ele não topava abrir mão da qualidade (por isso Apple não é tão popular quanto o resto).

4- A Apple resolveu criar a “laserWriter” – uma impressora digital direta que imediatamente (inadvertidamente) se converteu em: “imagesetter”. A resolução de 600 se prestava para retículas grossas como a de impressão em jornal. Daí os serígrafos passarem a usar impressão laser em papel vegetal (ahhhrghh!!). De qualquer forma, o mercado de impressoras a laser floresceu, e se tornou “opção” de baixo custo para pré-impressão de serigrafia (com prejuízo das tonalidades claras das fotos e da definição dos traços).

5- Depois disso, surgiram as impressões jato de tinta de gota por demanda (já existiam as de jato contínuo de tinta, usadas exclusivamente na marcação de embalagens). E, eventualmente, começaram as buscas por pré-impressão ainda mais barata para serigrafia e outras. Desenvolvimentos no projeto de retículas reduziram significativamente as limitações de resolução para aplicações do tipo (ainda hoje subutilizados).

“Avanços” serigráficos

No lado mais “pobre” (financeiramente falando) das artes gráficas tradicionais, encontramos a serigrafia. Não, não quero dizer que seja atrasada tecnologicamente. Falo apenas da questão da capacidade de investimento da indústria serigráfica como um todo.

As artes gráficas representam um mercado (ou indústria) muito pulverizado, e a indústria da serigrafia traduz isso de forma mais exacerbada, representando uma parcela significativa na economia informal. Neste cenário, os chamados “avanços” têm outro uma conotação diferente.

Empresas com um pouco mais de capacidade de investimento compram Screensetters (CTS). Quem não tem essa capacidade de investimento usa uma inkjet de sinalização ou de mesa para imprimir em mídia transparente para gerar positivos e fotografar telas. Mas, isto é o trivial hoje.

Não vou nem comentar os casos que tenho visto onde se tenta usar papel comum e impregnar com azeite para tornar “mais transparente”. Não vou condenar, mas apenas sugerir que obtenham óleo queimado descartado nos postos de gasolina, para assim gastar menos ainda, e esperando que não tonalize muito o fundo.

Agora, brincadeiras à parte, faz muita falta uma certa noção de orçamentação e custos. Aos que se curvam às práticas de preço, digo que há…

Por Ary Luiz Bon


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