Coloque sua equipe na “mesma página”

Oque você achou de O Poderoso Chefão, considerado por muitos críticos um dos melhores filmes de todos os tempos? Se você extrair a cena de um filme e mostrar para diferentes pessoas, a percepção e os comentários tendem a ser diferentes – cada indivíduo terá uma interpretação pessoal. Para essa impressão ser parecida, seria preciso que houvesse alguma influência ou orientação antes. Mas isso teria de vir de alguém com autoridade no assunto ou sobre as pessoas.

Quando você lê um jornalista especializado em cinema falando muito mal de um filme, já fica com o pé atrás, sua mente começa a procurar os pontos negativos que o crítico mencionou – e acaba perdendo tudo o que esse produto pode ter de bom. Essa era a forma como a comunicação funcionava num tempo não tão distante. Mas saber escutar diferentes percepções vem ajudando milhares de negócios a melhorar aquilo que já existe e estimular outras marcas para a inovação.

É inegável que melhoramos a partir de feedback, bem como é certo dizer que temos dificuldade de lidar com opiniões contrárias ou negativas a respeito daquilo que fazemos ou no que acreditamos. Um indivíduo com capacidade para escutar e fazer leituras sobre as situações é estimulado a pensar o novo e reinventar as formas já existentes. E é isso a que se propõe este editorial: pequenas doses de reflexões que ajudem a gerar insights para você. Afinal, pequenas ideias gerando pequenas mudanças acabam resultando em novas possibilidades. E o que era pequeno vira grande.

Segundo o psicólogo Barry Schwartz, a maneira como pensamos o trabalho está equivocada. Não podemos pensar no trabalho como forma de ganhar dinheiro. Já o filósofo Adam Smith, pai da economia moderna, afirmou que temos a mente preguiçosa e a única forma de as pessoas trabalharem é pagando. Curiosamente, para Schwartz, ajudamos com prazer outras pessoas a partir das nossas experiências e conhecimento. E muitas vezes sem cobrar absolutamente nada.

A essas pessoas prestativas, damos o nome de “engajadas”. O melhor dos mundos é ter por perto pessoas engajadas, dispostas a trabalhar como voluntárias e a receber proporcionalmente aos resultados gerados. O primeiro desafio é encontrar pessoas com o perfil para o tipo de trabalho em que você precisa de desempenho. Depois, é preciso treinar e preparar essa pessoa. Óbvio que, se alguém trabalha pelo dinheiro, menor será o empenho para buscar melhorias.

Não tem problema nenhum em saber ganhar dinheiro e usar os recursos para a realização pessoal, hobbies ou uma casa na praia. Mas achar o verdadeiro propósito do seu trabalho vai deixar as suas segundas-feiras mais animadas. Se todo mundo na sua empresa estiver na mesma página, remando na mesma direção (para usar um clichê corporativo que funciona bem), maior o potencial para os negócios. O maior concorrente de uma empresa é ela mesma.

Ter as pessoas certas no lugar certo faz toda a diferença. E é impressionante do que as pessoas são capazes, e o quanto valorizam uma marca, quando estão apaixonadas pelo que fazem.

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